segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Hoje tive uma experiencia desagradável

Foi durante uma reunião do DCE na UEM.

             Fui ao local com as melhores das intenções, já sabendo que minha ideologia talvez fosse rechaçada. Não precisei abrir a boca pra que isso acontecesse. Ao ouvir um rapaz se pronunciar a respeito do corte de árvores e sobre agir diante algo que parece irreversível, pensei que haveria um pouco de luz no fim do túnel. Engano meu, pois o que mais se ouvia eram comentários pejorativos a respeito de quem defende a natureza.
Como se não bastasse a incrível falta de sensibilidade, percebi um certo "ar de arrogância" pairando no ar. É sabido de todos (imagino eu) que quando uma pessoa não consegue articular seu discurso de forma coerente e clara, acaba por erguer a voz e usar palavreado de baixo calão. E adivinha? Isso aconteceu. E não foram poucas vezes.
             Falam muito sobre a baixa parcela de estudantes que participam efetivamente do movimento estudantil, porém não há espaço para um pensamento mais divergente em relação ao que já foi estabelecido. É compreensível porque alguns aparecem uma vez e nunca mais voltam. Se você tem apenas boas intenções e força de vontade, te chamam de despolitizado pra baixo, destruindo e contradizendo todo o discurso de igualdade e a "calorosa", porém ilusória, recepção de boas vindas.
             No mais, é triste confirmar que, cada vez mais, o ser humano se desumaniza, perdendo todo o tato necessário para lidar com outros seres humanos.

E como diria o bom e velho Rubem Alves:

"Quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido é ser opressor."

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