terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sobre as coisas que eu nunca te disse.

Acenei com um "tchauzinho-imenso-cheio-de-carinho-oculto-querendo-dizer-eu-te-amo". Mas não disse.

(...)

E eu fiquei ali, vendo você sumir na luz solar, enquanto levava junto a luz do meu olhar. Continuei sentada naquela mesa vermelha, fazendo movimentos contidos, cheios de sentimento interno, tentando te acompanhar com o pensamento. Desejei que eu tivesse a coragem de ter levantado, largado minhas coisas pra trás e ter ido ao seu encontro pra dizer qualquer-coisa-aleatória-pra-ficar-na-sua-presença. Mas não fui. Fiquei.

(...)

Despetalei, delicadamente, todas as possibilidades de te contar sobre o turbilhão de emoções que me causou a sua breve passagem. Cheguei à lugar algum. Ponderei com meus botões, que, talvez, você não quisesse ler palavras soltas.
Pensei, ali no âmago do meu ser, que se eu proferisse qualquer elogio você responderia com um sonoro silêncio pra não me magoar.

(...)

Dispersei. Entrei em outra dimensão de realidade, onde há um lugar chamado sonho. Mas jamais, em hipótese alguma, consegui apagar a sua radiante aparição.

(...)


Silenciei.

0 comentários:

Postar um comentário