segunda-feira, 13 de julho de 2015

"avisa que é de se entregar o viver"

Hoje tirei umas fotos lindas do céu enquanto acontecia o pôr-do-sol. Usei minha câmera ultra sensível de qualidade inigualável: os olhos. Salvei todas na memória, emoldurei e pendurei nas paredes do coração, ao lado esquerdo da razão.
O laranjado no horizonte tinha um certo gosto de sorvete de tangerina, enquanto os tons azulados tinham cheiro de amaciante. A luz dourada ultrapassava as frestas deixadas pelas nuvens, criando a sensação de uma outra dimensão. Quanto mais próximo estava o sol do chão, mais o vento soprava entre as árvores. Os pássaros deslizavam no céu a caminho de casa. A despedida foi feito um abraço cheio de afeto, daqueles que se fosse possível, seria eternizado.
A mudança de tom deixou a mensagem de que, apesar de, a vida continua. 


"E ao amanhã a gente não diz."

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