quarta-feira, 9 de julho de 2014

Inspirar

Guardo a sensação da sua presença no âmago do meu ser. Quando trocamos algumas palavras pessoalmente, presto mais atenção em como você as diz do que no próprio assunto. Sua voz ressoa na minha memória turva.
É, a vida fez uma curva que ultrapassou a velocidade da luz e me arremessou pra fora da órbita. Como eu haveria de imaginar tal sentimento? Poderia eu disfarçar tão bem assim? Será que é sonho? Será que é loucura?

Eu não sei.
Sei que continuo gritando sem som. Grito em forma de palavras escritas. Grito em cores no papel. Grito enquanto danço. Grito com os olhos. Grito silenciosamente, porque quando falo, sussurro, e quando sussurro, respiro, e quando respiro, suspiro e quando suspiro... me inspiro.

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