sexta-feira, 27 de março de 2015

Agridoce

Como é possível não amargar?
É possível, nessa vida, não amargar de vez em quando ou de quando em sempre?
Não sou minha blusa.
Não sou meu cabelo.
Sou uma casca. Uma casca de limão. Bem amarga e azeda.
Sabe quando o caqui ainda não está maduro e então você morde com vontade, mas depois contorce o rosto de agonia? Essa sou eu.
Não sempre.
Agora.
Essa é a vida as vezes sempre, aos avessos e de quando em quando.

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