quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pratonismo amoroso.

É muita utopia sonhar em encontrar amor? Esse sonho de querer viver um romance. Mas um romance encantado, um romance impossível. Desses que vivemos somente em nossa secreta e fértil imaginação. Um platonismo impregnado de certa ingenuidade, que aflora em consonância com o entorpecimento.
Tento me desvencilhar desse tal pensamento viciante, busco auxílio na distração, clamando por dispersão. Porém até mesmo nesses momentos sinto aqueles olhos atravessando minha alma. E o universo conspira para que inesquecível lembrança dos momentos não vividos venham a tona. O estopim para despertar todo o delírio novamente é dado por sinais encontrados no chão, num pedaço de papel ou em uma música inesperada.
Amor com teor esvoaçante.
Acontecimentos etéreos em situações de seriedade. O impulso incontrolável em desfrutar cada segundo antes que termine o dia. E nem vejo o tempo passar, justamente porque o tempo deixa de existir. Quando pronuncia o meu nome é como se conjurasse um encantamento.
Repito continuamente pare-de-pensar-nessas-coisas-impossíveis. E adianta? Adianta nada. Quando tomo consciência já estou embriagada por tal presença onírica.

E se eu fosse direta, seria risível.

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