domingo, 27 de março de 2016

outono primaveril

estou sentindo em alguns dias as emoções mais diversas e controversas.
no verso da minha página da vida encontro anotações do nosso passado não comemorado. temos tanto por ir e vir que a contenção torna-se impossível. a escrita livre brota do peito feito flor em tempos de outono primaveril. a tinta da caneta é a flechada na pineal. seus detalhes ocupam meus pulmões, que ao respirarem preenchem meu interior com sua essência cantarolada em lua maior.
teus braços ainda envoltos em minha mais plena existência, fazem saltitar as memórias do seu coração batendo dentro do meu. taquicardia. falta de ar. faria tudo de novo.
histórias entrecruzadas sob um viés cinematográfico através do tempo.
tanto bem se quis que agora o bem nos quer. margaridinhas caem do chão pro céu, elevando o nível do amar.
maré alta interplanetária. brisa fresca de auroras boreais.
te manterei aquecida dentro do paraíso onírico, onde as surrealidades são passíveis de acontecer.

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