sábado, 1 de março de 2014

Agora

Sou humana, não sou gênero. Sou humana, não sou uma folha em branco onde podem escrever todas as regras e imprimir todos os padrões de comportamento. Transpareço, sem querer, todo o interior sentimental que pulsa. Me sinto esquisita, assim como tantas outras pessoas, que se perguntam o tempo todo: tem algo errado comigo? Estão todos me olhando? Deveria agir de outra maneira?
As vezes sorrimos para não desapontar outras pessoas. Por que? Elas não iriam querer saber sobre nossos problemas; diriam que sim, que podemos desabafar, mas no fundo, mal podem esperar pela hora da partida. O futuro, terreno infértil, é o que agrada a maioria. Esse distanciamento, quase que doentio, da vida que só se faz no momento presente.
É melhor ESTAR do que TER.
A plenitude se realiza quando estou com. Quando estou em. Quando estou para. Quando apenas tenho, não sou. Não somos. Haverá o dia em que olharemos profundamente nos olhos de quem nos cruza nosso caminho pelas ruas da cidade (e da vida), iremos sorrir (não só com os dentes), iremos cantar (mesmo quando estivermos andando sozinhos por aí) e talvez até voltemos a plantar árvores e flores. Sim, voltaremos.

0 comentários:

Postar um comentário