- O que deseja, senhorita?
Perguntou a moça atrás do balcão.
( Desejo o inalcançável, sempre. É quase como um hobby, uma mania, um
toc. Quero sempre voar, acabar com esse show de crueldades que é o
mundo. Desejo que talvez nunca se torne realidade. Ainda assim, espero
ansiosamente em meu sono profundo, que as pessoas consigam perceber a
existência de um céu além dos prédios. Aguardo paciente e
silenciosamente o pedido de socorro que enviei ao universo naquela tarde
quente de novembro, enquanto ouvia o som das árvores sendo cortadas.
Gostaria de pedir pra adoçar o coração da pessoa que destruiu minha
bicicleta pela segunda vez. E assim me acalmo desesperadamente, tentando
criar uma espécie de blindagem contra palavras e atitudes proferidas
sem nenhuma gota de piedade e bom senso. )
- Um sonho.
- Um sonho.
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