Foi durante uma reunião do DCE na UEM.
Fui ao local com as melhores das intenções, já sabendo que minha ideologia talvez fosse rechaçada. Não precisei abrir a boca pra que isso acontecesse. Ao ouvir um rapaz se pronunciar a respeito do corte de árvores e sobre agir diante algo que parece irreversível, pensei que haveria um pouco de luz no fim do túnel. Engano meu, pois o que mais se ouvia eram comentários pejorativos a respeito de quem defende a natureza.
Como se não bastasse a incrível falta de sensibilidade, percebi um certo "ar de arrogância" pairando no ar. É sabido de todos (imagino eu) que quando uma pessoa não consegue articular seu discurso de forma coerente e clara, acaba por erguer a voz e usar palavreado de baixo calão. E adivinha? Isso aconteceu. E não foram poucas vezes.
Falam muito sobre a baixa parcela de estudantes que participam efetivamente do movimento estudantil, porém não há espaço para um pensamento mais divergente em relação ao que já foi estabelecido. É compreensível porque alguns aparecem uma vez e nunca mais voltam. Se você tem apenas boas intenções e força de vontade, te chamam de despolitizado pra baixo, destruindo e contradizendo todo o discurso de igualdade e a "calorosa", porém ilusória, recepção de boas vindas.
No mais, é triste confirmar que, cada vez mais, o ser humano se desumaniza, perdendo todo o tato necessário para lidar com outros seres humanos.
E como diria o bom e velho Rubem Alves:
"Quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido é ser opressor."
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
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