Ela diluiu-se no próprio ar, fez das lágrimas seu mais pacífico mar. Reuniu as conchas estampadas com aquelas histórias que ninguém ousa contar; apenas é permitido sentir.
"Sente-se e sinta-se a vontade", insistiu a menina com olhos flamejantes.
Aqui, nessa rua sem nome, suas asas vão abrindo conforme a leveza do
vento, para que, imaginariamente, sejam capazes de abraçar toda a
existência etérea da flor. Durante cinco segundos, Nina fecha a cortina
dos olhos e visualiza sua chegada ao porto seguro do seu mais doce
sonho. Quando abrem-se novamente as cortinas, lá está ela: saltando no
espaço-tempo como quem brinca de amarelinha.
Esses cinco segundos são na verdade um lugar. Um lugar onde Nina encontra a poesia e a delicadeza de ser. De estar. De viver.
Sim. Ela atravessou a rua sem olhar. Despencou de um precipício que seguia diretamente para os olhos de outro alguém.
Descobriu que, dependendo da intensidade, sua contínua convicção em cair poderia se transformar num voo certeiro, porém jamais premeditado. Poderia, quem sabe, se deparar com o horizonte cheio de palavras não-ditas.
Esses cinco segundos são na verdade um lugar. Um lugar onde Nina encontra a poesia e a delicadeza de ser. De estar. De viver.
Sim. Ela atravessou a rua sem olhar. Despencou de um precipício que seguia diretamente para os olhos de outro alguém.
Descobriu que, dependendo da intensidade, sua contínua convicção em cair poderia se transformar num voo certeiro, porém jamais premeditado. Poderia, quem sabe, se deparar com o horizonte cheio de palavras não-ditas.
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